Hoje temos um número significativo de professores desenvolvendo
projetos e atividades mediados por tecnologias. Mas a grande maioria das
escolas e professores ainda está tateando sobre como utilizá-las
adequadamente.
Os professores, em geral, ainda estão utilizando as tecnologias
para ilustrar aquilo que já vinham fazendo, para tornar as aulas mais
interessantes. Mas ainda falta o domínio técnico-pedagógico que lhes permitirá,
nos próximos anos, modificar e inovar os processos de ensino e aprendizagem.
As redes, principalmente a Internet, estão começando a provocar
mudanças profundas na educação presencial e a distância. Na presencial,
desenraizam o conceito de ensino-aprendizagem localizado e temporalizado.
Podemos aprender desde vários lugares, ao mesmo tempo, on e off-line, juntos e
separados. Como nos bancos, temos nossa agência (escola), que é nosso ponto de
referência; só que agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder
aprender.
As redes também estão provocando mudanças profundas na educação a
distância (EAD). Antes a EAD era uma atividade muito solitária e exigia muita
auto-disciplina. Agora, com as redes, a EAD continua como uma atividade
individual, combinada com a possibilidade de comunicação instantânea, de criar
grupos de aprendizagem, integrando a aprendizagem pessoal com a grupal.
A educação presencial
está incorporando tecnologias, funções, atividades que eram típicas da educação
a distância, e a EAD está descobrindo que pode ensinar de forma menos
individualista, mantendo um equilíbrio entre a flexibilidade e a interação.
José Manuel Moran
Especialista em mudanças na
educação presencial e a distância
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